terça-feira, dezembro 18, 2007

Louco...ou nem por isso

Na afirmação da minha loucura, reconheço a minha sanidade...

sexta-feira, junho 08, 2007

Estou além...

A Ausência que não se faz sentir é o mesmo que um silêncio isolado, um daqueles silêncios, que apesar de gritado, não se faz ouvir

e é silêncio porque não existe ninguém que o queira ouvir, que o queira escutar, o que me faz então perguntar...

A solidão e o silêncio são muitas vezes cúmplices, parceiros de um mesmo fado, que tem no homem o ser castigado

Quando se é novo, pode-se lutar contra tal abuso, pois temos forças para procurar os outros e minorar os efeitos de um mal que está em todo o lado

Mas chegados a velhos, perdemos o interesse dos outros e já não temos a força de antigamente, arrastamo-nos para um último mergulho...
onde a ausência não é sentida e o silêncio apesar de gritado não é por ninguém ouvido

A Indiferença pode ser tão mortal como uma ARMA...

quarta-feira, março 28, 2007

Saudade...

Uma imensidão que se acabou de percorrer e que se recorda, breve, fugaz, não importa como a adjectivamos, mas sim o facto de transportarmos esse momento através da nossa memória para o presente. Um sentir aquilo que já foi, onde já estivémos, mas por momentos conseguimos de novo estar. Por vezes esta viagem ao passado, seja ele, o de há muitos anos ou do segundo que agora começou e acabou, surge com frequência nas nossas mentes e aí, falamos de saudade, de querer recordar, reviver e experienciar o que já foi. . Revelações!!

Teoria sobre a Hipocrisia

O verdadeiro defensor da liberdade, não deve usar as mesmas armas do opressor para julgá-lo, pois se o fizer, poderá ser ele próprio, dito defensor da liberdade, alvo do seu pretenso julgamento...

A diferença entre o pode e o deve...

quinta-feira, março 01, 2007

...à minha maneira

Uma forma não pode ser exacta
e quem diga o contrário pode ser chamado de mentiroso
uma forma é hoje de uma maneira e amanhã de outra
mas mesmo hoje, ela passará por diversas "formas"
dependendo de quem a vê.
logo não existe o exacto
pois depende sempre de um facto, que o pode ser ou não.
não, que eu queira ter razão
poque essa também é dúbia
ou pelo menos, a mais do que um pertence.
não existe uma, mas sim várias
razões, razoáveis e não extremistas
situam-se no meio com o intuito de aproximar os extremos que se afastaram de si
por razões menos razoáveis, que não deixam de ser aceitáveis
pois ninguém sabe exactamente a forma como tudo aconteceu
existem pois vários prismas sobre o mesmo acontecimento
logo quem disser o contrário está a ser simplista
porque de simples nada tem a forma, o molde, a dimensão
que depende da razão e do coração
emotivo e subjectivo que nada de concreto define
mas permite comtemplar e amar desta e de muitas outras formas
desculpem-me chamar alguém de mentiroso
mas também a mim o faço
quando neste pequeno pedaço
ouso assumir esta Forma de dizer
sabendo de antemão que nada é assim por ser
mas apenas porque eu quero que seja...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Amor que não doi, não é amor que se veja
é um daqueles amores, em que tudo se beija
mas que não se ama...apenas se aprecia
como um belo pedaço de qualquer coisa
que de quando estivermos fartos, desistimos
como uma manta que de todo não nos cobre
pensando a medo, mais vale que falte, do que nos sobre
falta de trapo... e outro amor perseguimos
sem desistir, desistimos de encontrar
o amor que procuramos e acabamos de perder
de tanto por ele procurar
como que se esconde de nós
Quando o queremos definir e concretizar
mais vale esquecer aquilo que não podemos criar
porque o Amor, esse, já existe
pena é, que haja muito quem dele desiste

segunda-feira, novembro 06, 2006

tu...

Tempo
em que uso as palavras para me dar a conhecer
em que tento em papel me escrever
recitando as minhas formas e maneiras
descrevendo o que sou e o que penso
esse tempo
sou eu que te dou, e também a mim o ofereço
sou generoso porque a vida assim me fez
comigo, contigo, com quem me apetecer
este é o nosso tempo
Este é o nosso
momento
pleno, descoberto, aberto , liberto, é nosso decerto
meu e teu, de duas almas
que percorrem dois caminhos que aqui e ali se cruzam e desejam voltar a cruzar
somos um ou somos par, tanto me faz
somos o que quisermos ser, e sendo assim sou feliz
porque te tenho a meu lado

sexta-feira, novembro 03, 2006

Convite

Convido-vos a partilhar, nem que seja por um segundo, ou até uma fracção do mesmo, a consciência que em mim desperta. Olho o presente e contemplo os erros do passado, vejo o desalento estampado no rosto de quem vive, como se fosse impossivel mudar, ou até algo fazer para melhorar. Sabemos hoje de forma grave e segura que temos vindo a destruir o nosso lar, este planeta abençoado pela vida, tem nela a sua própria destruição. Irónico, saber que a vida tira a vida, pois nós, temos sido ao longo dos anos os principais responsáveis pela degradação do mundo, pior ainda, refugiamo-nos na tentativa de abstracção e alheamento do tipo (sozinho nada posso fazer)- será que já tentaste alguma coisa?- se cinco minutos por dia criassem espaço à vossa consciência, talvez dessem um passo no sentido certo. Eu também pensava como vocês e muitos outros, mas hoje sei que posso fazer algo. (reciclo, faço do ambiente um tema de conversa entre amigos (promovo a reciclagem, a poupança de água, etc, e peço-lhes que também eles o façam com outras pessoas. Podemos formar uma cadeia consciente com força para reivindicar o direito à vida neste planeta, pois senão o fizermos, as gerações futuras irão sofrer pelos nossos "pecados". Não sejam egoístas, lutem pela vida. Obrigado.

terça-feira, agosto 29, 2006

Hoje

Passei por tantos momentos, tendo o prazer de viver cada um deles de forma plena, a ponto de agora os recordar como únicos. Cada um seguido de outro, mas com espaço e tempo para existir ele próprio. Os momentos existem e existirão sempre, vivê-los é que não é para todos, depende da consciência de cada um. A pressa, atrás da qual a maioria de nós corre, é a armadilha perfeita para nos encurralar. Como um carro que acelera por uma estrada fora, faz da sua velocidade o esquecimento das paisagens que o rodeiam, a nossa ansiedade reserva-nos para um futuro que há-de vir, não nos permitindo viver o presente. Dormimos a correr, levantamo-nos a correr, tratamos de nós a correr, trabalhamos a correr, namoramos a correr....tudo para quê? Para guardarmos muito pouco. Para nos sentirmos vazios....

quinta-feira, agosto 10, 2006

Terror, terrorismo, Terríveis

Numa época em que não se fala de outra coisa que não seja de Terrorismo. Esse exército do MAL, constituído por indivíduos sem escrúpulos, sem valores, descuidados, desenquadrados, cheios de ódio, que matam sem dó nem piedade, sem ver a quem, semeiam o pânico pelo mundo. Quase que poderíamos dizer que são desprovidos de sensibilidade. Mas, algo mais importante me leva a perguntar. Quem são afinal os Terroristas?
Todos conhecem a Al Qaeda, o Hamas, o Hezbolla, mas nem todos conhecem, Israel, os Estados Unidos, Inglaterra, pelo menos como promotores de outro tipo de terrorismo. O económico e bélico. Senão vejamos, fazem Guerra quando querem, esquecem os direitos humanos quando lhes dá jeito, fazem as suas fronteiras consoante as suas necessidades, matam milhares de cívis nas Guerras por eles despoletadas e chama-lhes danos colaterais.
O Terrorismo é actualmente uma histeria Mundial, pensada e criada por mentes inteligentes. Existe de facto, é real. Mas, o propósito da sua existência tem a ver com uma provocação consertada dos países acima referidos, para justificarem a "guerra do Petróleo", que para a maioria das pessoas é conhecida como a Guerra ao Terrorismo. Para isto utilizam os media, jornais, televisões, rádios, são controlados de forma a garantir que os maus da fita são sempre os mesmos (os Árabes); antes eram os Indios; depois eram os Russos; agora são os Árabes. Engraçado é que apesar de os malfeitores serem sempre diferentes, os bons são sempre os americanos, e participam em todas estas Guerras. (Alguma coisa não está bem...)
Utilizam este escudo para invadir e controlar países soberanos e de grande interesse estratégico para as empresas do Petróleo e do Gás, senão vejamos: Afeganistão (oleoduto e gasoduto); Iraque ( para além de ser o páis com maiores reservas de Petróleo tem oleodutos); mais recentemente Líbano ( um Oleoduto e ou Gasoduto que vem do Mar Cáspio).
Bem, perante isto só não vê quem não quer. Uma minoria, essa sim terrorita de gema, engana o mundo. Provoca o caos e o ódio, só para acordar mais rica no dia seguinte. Proclamam-se os defensores da paz, mas são lobos, que apenas vestem a pele dos cordeiros.

quinta-feira, junho 29, 2006

Portugal

Portugal!

Povo nobre e lutador,
que meio mundo descobriu,
audaz e conquistador,
nas palavras de quem os viu.

Olharam para o mar,
sem medo de para ele partir,
passaram anos a navegar,
para novas terras vir a descobrir.

Diz quem os viu, que são homens de crença,
leais ao seu destino.
Não há quem os vença,
quando estão no seu caminho.

Um povo com história,
desde os tempos da sua criação,
deixemo-nos reviver um pouco a Glória,
que hoje dorme no nosso coração.

Somos poucos, mas unidos,
na vontade férrea de vencer.
dificilmente seremos vencidos,
dificilmente nos conseguirão bater...

Alegrem-se nas ruas e nos cafés deste país,
para ver jogar Portugal.
Pois, ainda vale a pena ser feliz,
mesmo, quando muita coisa por aqui vai mal.

terça-feira, junho 27, 2006

O Eu

Ao tempo pedi que me respondesse,
pois dele precisei, para que um dia finalmente eu entendesse,
o apreço que sinto por mim.

Encontrar o meu eu perdido,
é sem dúvida merecedor.
Talvez seja por isso, que nunca me dei por vencido.

Sei bem o que é esperar, o bem que tarda em vir,
para nos ajudar a um bom sono dormir,
onde a alma possa existir.

Que a sua existência é real,
que somos um e um só,
e que isso, não nos fica nada mal.

Agora que já sou, o que sempre fui sem o saber,
tenho mais vontade e mais fé em viver,
pois hoje sei qual é o meu caminho,
e sei também, que nunca mais me deixarei sozinho.

quarta-feira, junho 14, 2006

Livre

O pensamento, essa consciência é o sempre,
algo que ninguém nos pode tirar.
é de toda e qualquer gente
mas! Há que o saber usar...

A liberdade nasce com cada pessoa,
a de ser e de fazer
não podemos é andar à toa,
pois corremos o risco de a perder

É o que nos resta num mundo desigual,
comandado por alguns em particular.
Ser livre é algo que não nos fica mal,
pois o direito temos de não nos deixar aprisionar.

Desejo que todos sejamos livres,
para podermos da vida disfrutar.
Desejo que o hoje, seja ele mesmo,
que não o deixemos para o passado ou o futuro procurar.

Hoje somos livres

domingo, junho 04, 2006

Ser

O tempo que passo de volta das palavras,
levo-o em jeito de história.
Ser poeta sem amarras,
produz em mim uma sensação de glória

poder tudo dizer,
poder tudo escrever,
revela a liberdade de cada um
a ninguém temos de obedecer!

apenas a consciência nos pode guiar,
sendo mestre das nossas rotas.
Ela deve ser a nossa bússola,
que nos conduz neste mar que é a vida, sem derrotas!

Permitir que o ser encontre o seu destino,
faz-me crer que sou capaz.
de encontrar o meu caminho,
sem olhar para trás.

Aqueles que se prendem ao julgamento dos outros,
abandonam a sua identidade.
Submetem-se à vontade de uns poucos,
que lhe roubam a liberdade.

Por isso gosto de escrever,
de neste corpo dar voz à minha alma.
Posso gritar se assim bem o entender,
sei bem que não perco a calma.

Dou a mim a liberdade,
deixando-me ser.
Pois não busco a saudade,
do que não quis para mim ter.

Não permito que os olhos de quem me tenta julgar,
condicionem o que sou.
Porque se o fizer, deixo-me matar,
e aí, a minha história acabou.

Mas como contador de histórias que sou,
a minha, tambémsou eu que a escrevo.
Pois sou um,
uno consigo, com o que é.
e por ser assim,
vejo o princípio, o meio e o fim.

quarta-feira, maio 31, 2006

Amigos

A amizade por mim sonhada,
é como uma semente por nós semeada,
que promete vir a ser flor,
se dela cuidarmos com todo o nosso amor.

segunda-feira, maio 22, 2006

LUZ

Que a luz do mundo te abrace

te leve onde quiseres ir

que faças com que o mundo também sonhasse

que o leves a sorrir

que beijes a face das gentes,

e cumpras o seu desejo.

mostres aquilo que sentes,

e o seles com um beijo.

que sejas verdadeira,

limpes as tuas águas.

para que se deitem à tua beira

lavando as suas mágoas.

que faças o mundo feliz,

onde se possa bem viver.

onde o sonho de um petiz,

seja fonte do saber.

que cuides das crianças,

lhes dês todo o amor.

para que alcancem as suas esperanças,

num começo prometedor.

brinques com elas sempre,

as leves onde quiserem ir.

uma criança não mente,

quando te está a sorrir.


quarta-feira, abril 26, 2006

poesia...incorporate!

Se eu fosse um poema, gostava de ter asas para ser livre, visto e lido por todos
Sem limites, nem barreiras percorreria o espaço de uma ponta a outra
abraçaria quem pelo caminho encontrasse e com ele partilharia o que sou
convidaria o mundo a visitar-me e a encontrar parte do que é

ser lido, permite-me partilhar quem sou, sem contudo me revelar
uma composição de coisas que me formam e dão corpo
estruturadas para me concretizar em papel ou numa parede qualquer

com toda a liberdade me permito viver
e ser interpretado por quem para mim olha
todos de alguma forma, somos um poema que se escreve ao longo de uma jornada chamada vida
somos autores, realizadores e realidade
fazemos acontecer, escrevendo páginas pelo tempo que por nós passa
acontece que por vezes, esquecemos o nosso poema
para aderir ao comum
perdendo o sentido do que escrevemos sobre nós

Sejam o vosso poema


Escrevam-se em páginas brancas, onde criam as vossas regras
dançando com o destino que vos abraça e conduz
em passos trocados e ritmos alternados
que caracterizam o sobe e desce do dia a dia
que vos fazem acreditar naquilo que experimentam
Sabendo assim que não são apenas um número
mas sim, uma parte de tudo
Não deixem que escrevam a vossa vida por vocês

Bem Haja

terça-feira, março 28, 2006

vamos lá!

obrigado!
por tudo aquilo que deram....
por tudo o que vão dar!
nós continuamos a acreditar!
obrigado!

segunda-feira, março 27, 2006

Jogo de Futebol

Estava eu a pensar no que escrever, quando à memória me foi trazido o Benfica-Barcelona de amanhã. Um jogo de futebol que sempre desejei ver, desde pequeno que o sonhava. Um jogo, em que o meu Benfica defronta uma verdadeira constelação de estrelas e que dá pelo nome de Barcelona. Onde se pratica um futebol perfumado de talento, onde figuram alguns dos melhores jogadores da actualidade. Ronaldinho, Deco ou Eto, são algumas dessas estrelas.
O meu Benfica, esse joga com alma, joga com a força dos seus adeptos e da sua fé. Todas as grandes vitórias conquistam-se com a alma e isso o meu Benfica tem que chegue.
Aos jogadores, peço que sejam eles, que joguem com prazer e atenção, explorem a sua paixão e obedeçam à razão. Porque nós acreditamos.
Que façam da Luz uma festa, brindem aos adeptos com um futebol gigante. Corram mais, lutem mais, marquem mais, sejam mais, queiram mais. Porque nós também queremos mais.
Muitos de nós gostaríamos de correr ao vosso lado, ajudá-los em cada passe, remate ou defesa, daríamos tudo para vos ajudar. Porque vocês são as nossas estrelas!

Quando a alma se agiganta
para no céu uma águia poder voar
Ouvem-se milhões de vozes, é por ti que o povo canta
Feliz por te ver reinar.

Obrigado Benfica!

Alexandre Moura

sexta-feira, março 24, 2006

Feliz

Ao longo do tempo me tenho vindo perguntar,

O que aqui faço, quem sou na verdade.

Curioso? Ou apenas talvez pronto para me encontrar,

de mãos dadas com a felicidade.

A simplicidade é o segredo por revelar,

daquilo que somos.

Não adianta apenas recordar,

o que um dia fomos.

Tão pouco, o queremos ser,

num futuro que há-de vir.

Para quê nos fazer prometer,

se o que vale mesmo a pena é de todo existir.

Existo e pronto,

e não me vejo de outra maneira.

Não me contento com um conto,

vivo a vida por inteira.

Porque se assim não for,

perco metade daquilo que sou.

Esqueço parte do meu amor,

recordando algo que me deixou.

Tão pouco vale a pena esperar,

o que teimamos em esperar de nós.

Para quê pelo fim começar,

se ao que somos não damos voz.

Dentro de cada um está a sua felicidade,

é sua e de mais ninguém.

Não importa a idade,

apenas que vem por bem.

Eu encontrei a minha,

e não a quero deixar.

Não sabia que a tinha,

por isso fartei-me de por ela procurar.

Hoje vivemos lado a lado,

percorremos os mesmos caminhos.

Dou comigo a ela abraçado,

nunca nos deixamos sozinhos.

Agora que é tarde vou sair,

E comigo também vai.

A felicidade que me faz rir,

como um filho o faz a um pai...


sábado, fevereiro 04, 2006

Pensamento "Presidencial" II

O último artigo por mim escrito neste Blog visa ressalvar a existência de alternativas ao tradicional aparelho político que nos vem governando ao longo dos anos. Não tenho a ousadia de dizer que Alegre é melhor que Soares, tão pouco que Cavaco Silva é o melhor dos três. A verdade é que a particulariedade e a novidade apresentada pela candidatura de Manuel Alegre, vêm de encontro a ideais que há muito defendo serem necessários, para a viragem que o nosso país precisa. Um rosto descolado da máquina política actual, será sem dúvida uma opção a ter em conta. Gastos que estamos, do que nos é dado a escolher, torna-se necessário encontrar quem marque a diferença e que seja independente do novelo de interesses que alimenta o actual sistema político. Manuel Alegre começou por ser um candidato do Sistema, sendo depois abandonado por este. Surge então com uma campanha independente que lhe permite assegurar uma maior votação que o candidato pelo qual foi preterido, Mário Soares. Acredito que muitas pessoas votaram em Manuel Alegre, mas outras há, que votaram na diferença por ele apresentada, a independência dos partidos. Sem olharem a ideais, muitos foram aqueles que o escolheram contra o regime em vigor. A política de hoje está a meu ver esgotada, só sobrevivendo pela impotência demonstrada pela população, que se rende ao Sistema por ela representado. As pessoas não têm tempo para si, quanto mais para a dimensão global dos problemas Nacionais e Mundiais. Os dias passam-se a trabalhar e, o tempo que sobra a pensar como se irá pagar os empréstimos promovidos e oferecidos pela Banca. Hoje, é a Banca quem lucra, os jornais trazem nas suas manchetes os dividendos que esta apresenta. Em tempo de crise Global, não se vislumbra nada que enfraqueça a Banca, antes pelo contrário, cada vez está mais forte. Somos todos reféns do actual sistema, a maioria de nós trabalha para ser independente, mas esquece-se de que essa independência almejada, nos provoca uma outra dependência, esta bem mais grave e que condiciona toda a nossa vida. Ficamos presos aos créditos que adquirimos para patrocinar a nossa "independência", fazendo com que todos os meses estejamos obrigados a cumprir as prestções às quais nos contratámos. O actual nível de vida não permite às pessoas usufruirem desta com qualidade, os salários são demasiado baixos para fazer face às necessidades da maioria das pessoas. Os preços, esses sobem desmesuradamente, criando um fosso entre classes que tende cada vez mais a extremar os pólos da sociedade. O crime, a violência e a depressão são cada vez mais comuns, provocando estragos inmensuráveis na sociedade em que vivemos. A minha crítica não se dirige à Banca, porque penso que esta deve existir, dirige-se sim, à falta de coordenação e visão de quem a promove. Uma sociedade mais forte, será também sinónimo de uma maior distribuição de riqueza, logo existirá um maior poder de compra por parte de um maior número de pessoas. O "Essencial", basta para sobrevivermos, o resto é aproveitar o que a vida nos reserva e Viver! Muitos de nós precisam de muito para viver e por isso pensam que assim, são felizes, a outros, basta-lhes o "Essencial".

Criamos realidades que nos "fazem" felizes, hipotecando muitas vezes a presente felicidade e, sem por isso darmos, perdêmo-la.
Não percam a vossa!


terça-feira, janeiro 24, 2006

Pensamento "Presidencial"

Mais um Presidente para a nossa República, eleito por uma maioria relativa da população Portuguesa. Tendo em conta a abstenção, que representa um terço da população eleitora, é nos revelado um desinteresse expresso na acção de muitos portugueses. A legitimidade de tal acto é inquestionável, pois a individualidade confere a liberdade de expressão a cada um de nós. O que é questionável, é a justificação para tal acto. O sentimento de impotência não desresponsabiliza o indivíduo das suas acções, pois talvez o seu comportamento seja já esperado e condicionado por uma sociedade que fomenta esse propósito. A desresponsabilização a que somos todos convidados não é ingénua, mas sim patrocinada pela esfera política, que se interessa apenas pelo acesso ao poder. Ao reduzirem a nossa intervenção à dimensão de vida individual, fazem com que cortemos a ligação ao todo. Deixamos de perceber a Globalidade das nossas vidas, ao mesmo tempo que perdemos o controle sobre os nossos destinos. Acabamos, ao fim e ao cabo, por depositar em outras pessoas que julgamos mais capazes que nós, o presente e futuro. E apesar de todas as desilusões que se nos deparam no dia a dia, onde as promessas de igualdade social são esquecidas, onde a corrupção impera, sujeitamo-nos ao mesmo processo repetidamente.
Eu cá digo que alternativas procuram-se. Porque cansado estou de promessas enganosas das pessoas de sempre. Custa-me entender como a maior parte de nós, após ter sido enganada vezes sem conta, insiste em acreditar em quem lhe mente. Na nossa vida individual não o fazemos. Muitas das vezes cortamos relações com quem nos engana, mas aqui não assumimos os nossos sentimentos, em vez disso, cedemos à pressão social que nos é imposta e que cala os nossos protestos. Vivemos amordaçados pelo ritmo que impomos às nossas vidas, esquecendo-nos de algo muito importante, a felicidade.
Desejo que este Presidente seja iluminado pela nossa vontade de mudar e que assim atente aos nossos anseios de equidade. Prefiro não me resumir a uma existência telecomandada e, por assim ser permito-me pensar a vida como um todo do qual faço parte.
Estas eleições podem ter muitas leituras, e eu faço uma muito particular. A maior votação alcançada por Manuel Alegre em relação a Mário Soares, não é a derrota deste último, mas sim do sistema que o patrocinou, e não me refiro apenas ao PS, na verdade, o sistema político foi o grande derrotado. Alegre foi a cara dessa alternativa, como no futuro podem ser outros, penso que abriu-se um precedente em política e que a meu ver poderá trazer uma nova luz à nossa governação. O corte assumido por este candidato em relação ao sistema, angariou muitos votos, o que poderá reflectir uma vontade de mudança da população em relação aos líderes. Os partidos podem deixar de existir sobre a forma de empresas que geram políticos profissionais e regressar à sua génese, abraçando o objectivo máximo para o qual foram criados. A representação de diferentes correntes de pensamento assumidas por diferentes facções da população.
O diálogo terá de ser sempre a ponte entre as diferenças. A crítica meramente destrutiva e descredibilizadora deve ser abandonada, para dar lugar à construção e implementação de ideais comuns. A interacção proactiva entre as diferentes correntes produzirá a mudança necessária à Humanidade. Muitos homens de "Poder", julgam-se iluminados, mas muitas vezes estão apenas iludidos pelas armadilhas que o Ego lhes prega. Também eles reduzem o seu "Mundo", ao aceitarem jogar segundo as regras de um determinado jogo. O dinheiro e o "Poder" cegam-nos, tornando homens com valor em marionetes sem vontade própria. Infelizmente a sociedade está dependente de uma complicada rede de interesses, que na sua maioria se encontram ligados aos pilares da Economia sobre a qual se sustenta. Esta dependência gera desigualdades criadas pela utilização de critérios duvidosos no que diz respeito ao estabelecimento de prioridades de Governação. Presos a este sistema, os políticos de hoje, não podem resolver os nossos problemas. Antes pelo contrário, os vícios existentes alastram aos seus seguidores, tornando o futuro previsivel. A mudança está em cada um de nós.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Vida

Por vezes esquecemo-nos de como é bela a vida. Tornarmo-nos obcecados pela necessidade a que aderimos, de competirmos com os outros, pela posse da felicidade. Vivemos agarrados ao stress de uma sociedade materialista, onde a sede de sucesso e o exagero de comparação de estatutos, conduzem as n0ssas gentes ao desespero.
Sim, porque quando tentamos medir a nossa felicidade pela posse de coisas externas, quando apenas nos permitimos ver a felicidade nos outros, criamos uma dependência de algo que já possuímos. Acabamos por nos impedir de sermos Nós.
Porquê procurar fora aquilo que em ti se encontra?
Eu, não me tenho de me encontrar fora de mim, por que já Sou. E por Ser, sou isso mesmo... sou ser, sou Vida.
Porquê fazer depender do julgamento de outros, a Nossa felicidade?
Quantas vezes nos privamos da felicidade pura, para vivermos dependentes de uma expectativa de nós mesmos. Criada pela mente materialista.
Consideramos a felicidade como algo "alcançável e desejável", escondemo-la de nós. Passamos a não possuir uma nossa parte. Perdemos algo que era nosso. Aqui reside o nosso erro...
Vivemos na tentativa desesperada de tentarmos obter a felicidade. Ficamos presos a uma divída que fazemos questão de Nos cobrarmos todos os dias.
Se vivermos a desejar a felicidade, corremos o risco de nos esquecermos de vivê-la.
Não podemos ser felizes, se disso, fizermos depender a nossa felicidade...
Devemos apenas ser!

FELIZES

sábado, dezembro 03, 2005

Poluição

Há dias li nos jornais que Portugal é um dos países mais poluidores da União Europeia, sendo grande parte desse fenómeno, produzido por empresas ligadas ao estado. Mais, o artigo avança ainda que nos próximos anos, o nosso país será o 1º no ranking da União Europeia no que toca a poluir. O Estado permite este fenómeno a troco de uma taxa "moderadora".
Num país que dispõe de recursos naturais para produzir grande parte da sua energia, é triste verificar um total desinvestimento na produção de energia não poluente, proveniente de fonte natural. O Vento, o Sol, o Mar e os Rios são uma riqueza que nos pertence, que não precisamos de importar e como tal é nos completamente gratuita. O dinheiro a ser gasto, terá como objectivo a implementação e crescimento do recurso ás novas fontes de energia. Criar estruturas para o aproveitamento desses recursos, com o intuito de criar Energia.
Num mundo onde o Petróleo regula o equilibrio da Economia Mundial, os países que como o nosso não possuam reservas próprias, ficam dependentes de terceiros. O seu equilibrio interno deixa de ser controlado de dentro, passando a ser ditado pelo mercado.
As Guerras criadas nos últimos anos, podem camuflar interesses bem diferentes daqueles que nos são dados a conhecer, senão vejamos: Países como o Iraque e o Afeganistão são hoje alvo de uma ocupação estrangeira, liderada pelos Estados Unidos da América. Estes últimos, possuem das maiores companhias petrolíferas do mundo, logo seriam dos mais afectados caso os países em questão suspendessem a exportação de petróleo.
O medo do caos provocado por uma situação deste tipo á escala mundial, parece ter conduzido a este cenário. Seria inevitável? Penso que não. Aliás creio que o mundo tem errado ao não preparar o seu futuro. Existem actualmente alternativas, que poderão trazer beneficíos tremendos para a Humanidade, esperam apenas uma aposta séria dos centros de poder.
Mas para mim aqui reside o problema, os centros de decisão não têm investido o suficiente em alternativas ao panorama actual e a justificação para tal, pode-se prender com o facto dos interesses estratégicos da Indústria se sobreporem a uma necessidade Global. Que é a de todos nós. Menos poluição e melhor qualidade de vida.
O nosso país revela uma incoerência brutal ao ser um frenético importador deste tipo de combustíveis. Hipotecamos o futuro ao fazê-lo. Por um lado estamos sujeitos ás regras do mercado e por outro alheados do nosso verdadeiro potencial. As Energias Renováveis.
Para quando uma aposta séria e determinada?

quinta-feira, novembro 24, 2005

Para todos um bom Natal

Estamos prestes a celebrar mais um Natal.
Este ano gostava que o Natal fosse diferente, gostava que a alegria reinasse, que o amor não acabasse, que a felicidade não se esgotasse, que o mundo se transformasse num espelho de harmonia, que todos os seres vivos pudessem usufruir de autosuficiência, que o meu desejo se realizasse. Gostava que as guerras acabassem, que os ódios se esgotassem, que a vida fosse plena, que a humanidade fosse ela própria, que não se deixasse manipular, que a sua voz crescesse, que tudo de bom acontecesse, que a paz existisse, que a amizade seja eterna, que as crianças sorriam, que as pessoas sejam apenas elas, que não copiem modelos impostos, que a verdade seja suprema, que acreditar valha a pena.
O nosso sorriso é o nosso maior tesouro, pois reflecte o nosso amor, a nossa vontade. Como é bom sorrir. Soltar a nossa felicidade, que nos pede para rir.
Criemos motivos para cada vez mais ser possível sorrir.
Bem haja.

domingo, outubro 30, 2005

Água para todos

Hoje assisti a um programa documental na Sic noticías, que reporta um verdadeiro milagre. Um rapaz canadiano de apenas nove anos de idade, de nome Ryan, desencadeou uma onda de solidariedade para com aqueles que no século vinte um ainda não têm acesso a água potável. Quando ainda andava na 1ª classe, tomou consciência que algures no mundo existiam pessoas que não tinham água potável, nomeadamente no Uganda. Para ele foi um choque. Como era possível tal coisa? Como ser consciente, manifestou a sua preocupação junto dos seus pais, entregando-lhes as suas economias para criação de um fundo destinado a ajudar aquelas pessoas. Partilhou esta sua preocupação com os seus: familiares, colegas, professores, enfim com quem mantinha contacto. Estes, contagiados pela consciência de uma criança de apenas nove anos de idade, contribuiram para o fundo, mais ainda, houve outras crianças que manifestaram o seu desejo de doar as suas economias para criar mais poços de água potável. Crianças! Foi construído um poço de água potável numa aldeia do Uganda. Aquando questionado sobre o local onde construir o poço, Ryan escolheu uma escola da aldeia, justificando que assim todos teriam acesso à água. A sua cosciência é plena, com apenas nove anos a sua lucidez é enorme.
Nós adultos, que nos julgamos sábios. Deveriamos aprender com estas crianças, pois delas é o futuro. E por assim ser, as suas necessidades e vontades devem ser Escutadas.
Eu sinto-me envergonhado. Durante muitos anos virei a cara para o lado, justificando-me com o “facto”, de não ter poder para mudar as coisas. Afinal não era eu quem decidia, o meu país tinha um governo eleito democraticamente e a eles cabia a responsabilidade de algo fazer. Aqui está o meu erro, se calhar o de muitos de vós. O poder de mudar é interno. Se mudarmos internamente reconhecemos o poder que temos. Foi o que Ryan, com apenas nove anos de idade fez. Um exemplo para a Humanidade. Um prémio Nóbel.
Aprendam. Eu estou a aprender.

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