quinta-feira, outubro 20, 2005

A árvore que somos

As relações que estabelecemos no decurso das nossas vidas, são motores de busca, em que realizamos experiências de partilha. Sondamos o ambiente que nos envolve, estabelecemos empatias, criamos laços. As raízes permitem que a árvore que somos se desenvolva, mude, evolua e floresça. Muitas vezes este processo é influenciado pelo ambiente e mais relevante ainda pela forma como interagimos com o mesmo: a importância que atribuimos a determinados acontecimentos pode ser, por um lado benéfica para o nosso eu, mas também poderá ser nefasta. No caso da árvore: Esta precisa de água, do sol, do vento, do solo e de todos os seres vivos que interagem com a mesma. Senão chover, perderá vitalidade e poderá acabar por morrer. Senão tiver sol, perde uma das suas principais fontes de energia, fragilizando a sua regeneração e evolução.
Tal como a árvore. O ser precisa de amor, de partilha, de paz, de harmonia, de realização, de experienciação, de comtemplação, de meditação e ainda de uma infinita fonte de recursos que é humanamente impossivel descrever. Todos contribuem para o seu crescimento. O relacionamento com o meio e a partilha da sua vivência, activa canais de comunicação e energia, revitalizando- o. A partilha deverá ser espontânea, nunca obrigar a dita á aceitação dos outros. O que quero dizer é, temos de estar abertos a todo o tipo de reacções, pois senão o fizermos, cria-se o preconceito que se torna expectável, ao nos submetermos a um juízo externo e dele fazer depender a nossa felicidade. Se tal acontecer, tal como a árvore sem água, o ser perde a sua vitalidade, desligando-se da sua fonte, ele mesmo.
As raízes das árvores variam em tamanho, consoante a abundância de água na zona envolvente ao local em que se encontra, da mesma forma o ser evolui consoante a sua necessidade intrínseca. A minha felicidade é única e a sua também, assim como cada um evolui a seu tempo e de maneira diferente. Não existem caminhos iguais.
De nada vale procurar fora, aquilo que nos pertence.
A árvore não procura fora dela a sua felicidade, pois do todo faz e é parte.
E tem essa Consciência.

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