Ardeu a Tenda

Não estamos a falar de uma técnica de pesca com redes de arrasto, praticada por homens que saem para a faina, com um único objectivo: ganhar o sustento para as suas famílias.
A pele seca, e enruga-se consumida pelo sol e pelo sal. As mãos parecem lixa...
A vida reservada para estes homens é dura, por vezes demasiado!
Como pode um país esquecer-se destes homens?

O "Arrastão" de que lhes quero falar, aconteceu no dia 10 de Junho, dia de Portugal e das comunidades de língua portuguesa. Dia de Camões! E nada tem a ver com trabalho!
Foi um crime bárbaro, primitivo e organizado, que desafia de forma clara e arrogante a autoridade e a segurança da população.
Não sou intelectual, tão pouco xenófobo, mas também não sou cego!
O que aconteceu no dia 10, foi permitido pela branda voz da lei e das teias sociais que se revelam inoperantes numa sociedade governada, por filósofos de baixa qualidade.
Fossem brancos, amarelos, cinzentos ou multicores, eu estaria aqui a dizer o mesmo! Os responsáveis têm de ser punidos!
Não podemos desculpar actos destes, baseados na culpa formada de termos sido um país colonialista. Chega! Quem prevarica tem de ser julgado como QUALQUER OUTRO CIDADÃO!

Todos Diferentes/Todos Iguais, ou este slogan agora já não serve?

Abram os olhos!